sexta-feira, 24 de julho de 2009

Gripe suína e alergia


Se a até a Igreja já está suspendendo o abraço da paz nas missas e orientando os fiéis a não rezar Pai Nosso de mãos dadas, para evitar a proliferação da gripe suína, a coisa está mesmo feia!

Verdade, Diário, vi isso em um telejornal nacional!
Já estou começando a imaginar o que será de nós, alérgicos?

Deus me livre ... atchiiimmmm...melhor não pensar.
Ando um bocado ocupada, mas catei uns vídeos interessantes sobre alergias eum específico sobre a suspensão do abraço da paz. Quem tiver sugestão de material interessante, mande o link!

domingo, 19 de julho de 2009

Alérgico, um ser de outro planeta...



Nunca pensei que optar por um blog iria me ajudar tanto a me sentir uma criatura NORMAL (porque a alergia muitas vezes me faz sentir um ser de outro planeta... os marcianos.., será que são alérgicos????). Legal mesmo esse negócio de identificar pessoas parecidas com a gente, trocar figurinhas e por que não "atchimssss".

Recentemente, uma amiga postou o seguinte comentário no blog, que faço questão de reproduzir , até porque ela me fez lembrar que já passei por situações idênticas. Até vou grifar em vermelho o que mais me chamou atenção nessa coincidência alérgica. Com a palavra, Wilma Nóbrega!

“Sou hiper alérgica a fungos e ácaros e sempre que vou à cidade onde nasci visitar irmãos, sobrinho , tios e o drama é a hora de dormir. Meu Deus, se o que me convidar pra dormir em sua casa tiver seus lençóis com cheiro de guarda-roupa, ou seja, aquele lençol novinho guardado para as visitas..... morro de espirrar , falta o ar só de pensar..... daí, driblo, agradeço o convite e faço as visitas observando em qual dos lugares poderia deitar e dormir sem culpas. Tem sido um constrangimento principalmente, quando o convite é feito por aquela tia que mora sozinha, a casa tem uns fungos discretos, mas, meu nariz alcança logo de chegada e o peito começa a chiar, só de imaginar em ficar ali. Pois é, a MARIA ALÉRGICA tem toda razão....temos que ser respeitados e olha, que nem sempre é tão fácil disfarçar....”

Que situação, Wilma, olhe, lá em casa, sempre que alguém vai dormir, sou a primeira a fazer o teste do espirro com os lençóis de cama. Se passar pelo meu nariz, a visita fica sã e salva!!!! Alérgico que é alérgico já sabe todos os "pantins" dos seus iguais....

Alguém, mais se habilita a contar sua história????????????????

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Alergia a cheiro de carro novo???


Querido Diário,

Tão bom aquele cheirinho de carro zero quilômetro... Não, não, de jeito nehum, isso não é nada bom para quem tem alergia.

Acho até que as revendedoras de autos deveriam incluir na cesta dos inúmeros acessórios que empurram nos clientes uma lavagem a seco (sem cheiros, claro) para retirada do odor "maaaaaravilhoso" de carro novo.

Particularmente, ficaria muito feliz de levar para casa um carro novo, zero também de cheiro, e, principalmente, sem os plásticos dos bancos, que agravam, em muito, a situação.

Alergia mais besta esta , não é? Alergia a carro novo, vê se pode... Contando ninguém acredita.


quinta-feira, 9 de julho de 2009

Hoje, estou mais entupida que o normal...


Querido Diário, atchimmmm... (desculpa!)


Hoje, estou mais entupida que o normal. É que estou com uns problemas de adaptação no trabalho. Não, não é com o chefe, nem com os colegas. É com o tal do “meio ambiente do trabalho”. Meu local de trabalho cheira tanto, mas cheira tanto a “Bom Ar”, que, quando eu desço do carro, já coloco meu Rilan 4% .Quando esqueço de colocar, não dá outra, começo o dia toda “Zen” (aquela sensação de que minha cabeça é uma bola de festa cheia de gás, lembra?). Foi o que aconteceu hoje.

O pior de tudo é que meu marido saiu com a seguinte sugestão: “Você deveria aproveitar o seu nariz potente e se oferecer para trabalhar no lugar dos cães farejadores da Polícia Federal. A Polícia Federal está perdendo esse seu nariz”.

Você desculparia essa indelicadeza, Diário? Hoje, eu desculpei. Acho que ele disse isso num momento em que meu espírito estava desarmado e tão evoluído que pensei: “ele só pode está dizendo isso porque se sente incomodado com o próprio nariz (enoooorme)”. Então desci, entrei correndo na minha sala, mas não deu outra, adoeci. Tive que tomar antialérgico e vim trabalhar em casa.

Parei um pouco, agora, só para contar isso a você e também relatar uma outra situação que aconteceu comigo no “meio ambiente do trabalho”, em 2003. Na época, eu era produtora de uma emissora de Maceió. Estava concentrada nas minhas pautas, quando um colega, muito querido, âncora do telejornal, entrou na Redação e começou a falar um monte de coisa engraçada, enquanto se arrumava para entrar no ar.

Eu estava de costas pra ele, mas um barulhinho me chamou a atenção: siiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii...siiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii....siiiiiiiiiiiiiiiiiiii. Imediatamente, soltei tudo o que estava fazendo, nem lembro se salvei a pauta, e sai correndo da Redação, como se o local fosse explodir. Se eu não trabalhasse lá há tanto tempo, acho que ninguém iria entender minha reação. Talvez até me custasse o emprego. “Quem foi o responsável pela contratação desta doida?”, poderiam pensar.

Imagine a cena, Diário: seguindo as ordens do meu instinto de sobrevivência aguçado, para não sentir o cheiro que estava por vir, após aquele siiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii, eu corria desesperada do laquê do âncora e ele, correndo atrás de mim tentatva se desculpar. “Querida, desculpe, eu esqueci de sua alergia”. Eu, a alguns metros dizia; “não, não se preocupe, mas fique, por favor, onde está”.

Se meu olfato é algo sobrenatural, já viu que meus ouvidos também estão no páreo. Quem sabe a Polícia Federal não esteja mesmo perdendo uma agente pra lá de animal!!!!!

domingo, 5 de julho de 2009

Alergia quase "antiafrodisíaca"...


Querido Diário,


Hoje, lembrei de uma coisa engraçadíssima e, ao mesmo tempo, constrangedora, por que não dizer “antiafrodisíaca”, que aconteceu comigo e com meu marido. Tudo por causa de produto de limpeza.

Era Dia dos Namorados (12 de junho). A data, para nós, é ainda mais especial porque casamos nesse dia há um punhado de anos.

Bom, naquele dia, estávamos tão atolados de trabalho que, pela primeira vez, não tínhamos pensado em nada, muito menos reservado.

Por volta das 19 horas, ele me ligou e sugeriu que a gente fosse tomar uma água de coco na praia. De lá, a gente resolveria. No horário marcado, nos encontramos, tomamos água de coco e.... Bom, decidimos comemorar num lugar "mais tranqüilo". Acontece que muitos casais naquele dia, claro, tiveram a mesma idéia. Então, todos os locais "mais tranqüilos" estavam lotados e até havia filas.

Resolvemos encarar uma das filas ("é o amoorrrr...." )
Dez minutos depois (que pareciam uma eternidade...), chegamos, finalmente, onde queríamos chegar, mas... atchiiiiiiiiiiiiiiiiiiim. O quarto cheirava tanto, mas cheirava tanto, que desci as escadas correndo, com medo de começar a inchar e colocar nossa noite a perder.

Meu marido, paciente, me pegou pela mão e disse: “vamos sair daqui”. Saímos, mas o pior foi que tivemos de explicar a situação à recepcionista e esperar a checagem do quarto para, só então, ter nossa saída liberada. Enquanto isso, uma fila de carros se formava, atrás do nosso. Se a data era marcante, ficou ainda mais inesquecível.

Acontece que a história não pára por aqui.....
Entramos em outra fila e, depois, em outra. Sério, meeeeesmo! Todos os "locais tranqüilos" estavam contraindicados para alérgicos. Imagina a situação, Diário. Só mesmo o amor para superar tanto sacrifício.

Final da história. Voltamos para casa, mas a comemoração, enfim, rolou...

sábado, 4 de julho de 2009

Alérgica ciumenta, sim, Diário!


Querido Diário


Quando estava fechando o texto anterior, eis que chega meu marido do trabalho, logo avisando: “todos os vidros do nosso carro estão abertos, no estacionamento do prédio. É que dei carona a uma amiga muito perfumada e logo pensei que isso não iria ser bom para você”.

Que lindo não é tanta preocupação? Bom, tudo bem, mas antes de ser alérgica, sou mulher. Diário, alguma mulher deixaria de perguntar: quem é a amiga, onde vocês estavam, porque rolou a carona, de que forma ela estava vestida? Alérgica ciumenta, sim, Diário! Qual é o problema?
Bom, não precisa nem dizer que ele ficou chateadérrimo com o meu interrogatório e que eu continuei falando, falando. Acho que estava com TPM.

Sabe de uma coisa, meu marido é um santo. Casou com uma Maria Alérgica e, de quebra, com a TPM dela. È muito, sei que é muito, reconheço, mas algo ele fez em outra encarnação para merecer o pacote. Ou então, é um anjo que está por aqui me ajudando a evoluir. Esforço-me para sempre enxergar a segunda opção.

Continuando, quando saímos de casa, naquele dia, mesmo com as janelas escancaradas, o carro ainda cheirava um pouco ao tal perfume da amiga. Entrei calada, prendi a respiração, saquei meu Rilan 4%, mas não me contive quando ele entrou, fechou os vidros e ligou o ar-condicionado. Eu desliguei, ele ligou, eu desliguei, ele ligou, eu desliguei.... Tudo igual...

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Algo interrompe a entrada do ar, nariz a dentro...



Querido Diário,


Sei que você já não agüenta mais meus relatos sobre alergia a perfumes, mas não se preocupe, dia desses falarei de outros problemas alérgicos. Hoje, lembrei do dia em que fui ao Otorrinonarngologista. Vou chamar de Dr. Oto, para facilitar.

Fui procurá-lo por causa da Rinite, mas acabei descobrindo que tenho “desvio de spto nasal”, ou seja, algo interrompe a entrada do ar nariz a dentro. Dr. Oto sugeriu uma “intervenção cirúrgica”. Segundo ele, minha capacidade respiratória melhoraria 90%.

Bom, muito bom, pensei, mas logo imaginei uma conseqüência não muito animadora. Se eu sinto o cheiro, quando ele ainda está sendo fabricado, a não sei quantos quilômetros com o meu nariz entupido, como seria abrir as portas para todos os cheiros no elevador do prédio, no trabalho, nos casamentos....?

Nem preciso dizer que não voltei mais ao Dr. Oto. Deus escreve certo por linhas tortas, mesmo. Está aí a explicação científico-religiosa para o meu desvio de septo.
Vou dormir, Diário. Até!

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Uma alérgica no poder


Querido Diário,


Amanhã, tem reunião do condomínio para a escolha do novo síndico. Ninguém quer o abacaxi. Até ontem, eu também não queria, mas fiquei pensando que não seria má idéia sentar na cadeira do síndico. Advinha quais as primeiras providências que eu tomaria? Alternativa “a”: proibiria terminantemente a circulação de “passageiros” perfumados nos elevadores do prédio; alternativa “b”: proibiria o uso de Bom Ar nos elevadores e demais áreas de circulação coletiva; alternativa “c”: proibiria o uso de Limpex para limpeza dos vidros e espelhos do prédio; alternativa “d”: todas as alternativas.

Já sabe, não é? A resposta é a alternativa “d”. Diário, sabe o que é, logo cedo, você chegar da caminhada, entrar no cubículo do elevador e depois desembarcar no cubículo do hall (ambos com circulação de ar quase inexistente) bombardeada por um desses produtos citados acima? Deus do céu, é terrível. Quando entro sozinha, prendo a respiração, mas não tenho fôlego para chegar até o 6° andar. Lá pelo 4° já tô pedindo arrêgo.

Bom, pareço, mas não ou nenhuma doida. É claro que gostaria de tomar todas aquelas decisões, mas não tomaria, até porque seria voto vencido. Então, pra quê ser síndica. Sabe de uma coisa? Quero, não!

Lembrei de um dia que fui parar na emergência...


Oi, Diário

Lembrei de um dia que fui parar na emergência , após dar carona a uma vizinha perfumadérrima . Acontece que ela era mãe de uma amiga de minha filha. Gente finíssima, educada. Uma maravilha de pessoa. Portanto, jamais poderia querer me assassinar! Acontece que ela quase me matou.

Eu bem que tentei evitar a carona, quando senti a alguns metros (lembre que meu nariz é potente) o perfume dela. Disse, ah, querida, não vai dar, pois vamos descer pela Ladeira da Moenda e não pela Ladeira do Óleo (interessante o nome das ladeiras de Maceió, não é?). Acontece que meu marido estragou tudo. Ouviu nossa conversa e me desmentiu na hora dizendo, “tá esquecida, vamos pela Moenda, hoje”; Só me restou confirmar: Ah, é....é mesmo, tinha esquecido. Estou tão desatenta!

Era uma tarde de sexta-feira, calor de 37◦. Entramos e o meu marido foi logo ligando o arcondicionado. Eu, então, desliguei. Ele ligou. Eu desliguei. Ele ligou e me olhou com aquela expressão: “ôxe, tá maluca?”.

Eu olhava para ele, tentando fazê-lo entender, de uma forma discreta, o que estava acontecendo. E nada. Olha, Diário, o nariz do meu marido é enorme, em relação ao meu. Pôxa vida, porque será que o dele não sente tudo o que o meu sente?

Bom, agoniada, levantei a blusa e coloquei sobre o nariz. Nesse momento, ele entendeu e foi pior. Passou um rabo de olho para mim, que parecia faísca. Dizia sem falar: “não me mate de vergonha”.

Então, foi assim que quase morri. Minha vizinha desceu do carro, sorridente. Nós também ensaimos o melhor sorriso e, logo depois, rolou um pequeno barraco (coisa normal de casal.... besteirinha), que só foi interrompido, porque eu comecei a sentir aquele “entalo” na garganta e acabei sendo levada às pressas ao hospital.

No outro dia, ela, minha vizinha, estava lá, na mesma hora e local, aguardando a carona. Deixei meu marido ir na frente. Fingi que havia esquecido o celular. Fiquei dando um tempo, só esperando o meu marido tomar a iniciativa e contar para ela o que havia ocorrido no dia anterior.

Pensei comigo mesma: “se ele não contar é porque está querendo o divórcio”, mas ele contou. Ainda bem, ele ama a Maria Alérgica!

A vizinha veio me pedir desculpas toda sem graça, tão constrangida e eu, mais ainda. “Que é isso, querida, imagina, não foi nada” (que falsa!!!).

Você sabe que meu nariz é pequeno, mas é potente...


Oi, Diário

Você sabe que meu nariz é pequeno, mas é potente por demais e minha relação com perfume nunca foi boa. Quando alguém cheiroso pensa em me cumprimentar, já sinto o cheiro a alguns quarteirões.

Agora, me fala, Diário, como é que alguém aparentemente saudável pode evitar outro alguém, aparentemente saudável, sem parecer um mal educado? Nem Danusa Leão, nem Glória Kalliu tem dica para isso!

Por isso, sempre me dou mal nesses encontros. Saio de um abraço tão carinhoso ou de três beijinhos casuais de um encontro no shopping totalmente flutuando, com a sensação de que virei um daqueles balões de festa de criança cheio de gás. Uma verdadeira “viagem’, se é que me entendem. E o pior, os sintomas vão se agravando, porque a pessoa se vai, mais o cheiro fica.

Minha sogra outro dia perguntou: “ minha filha, por que você não tem alergia a cheiro de mer...?”. (Ela é ótima, você precisa conhecer, Diário, não perde uma piada!). Fiquei pensando que talvez fosse bom mesmo ser alérgica a mer... Dificilmente, se encontra gente cheirando a mer.. no shopping ou nos eventos sociais e (quase) ninguém freqüenta a casa da gente com tal odor!

E o banheiro? Como seria ter que conviver com o odor da minha própria mer...? Bom, a doutora alergo indicou uma máscara anticheiro. Com certeza, usá-la no banheiro seria mais adequado que sair para uma festa fantasiada de mulher oxigênio. Ah, se toda minha alergia fosse à mer...!!!!!!!!!!

Dra Alergo vai ter que me dizer como enfrentar essa situação. Fácil é falar “não pode perfume”, mas acontece que o mundo é dos perfumados! Concorda?
Por hoje, é só. Tenho que ir me deitar, pois tomei o remédio de alergia, de novo, e acho que já está fazendo efeito...

Hoje, recebi os resultados de testes alérgicos...


Querido Diário...

Hoje, recebi os resultados de testes alérgicos. É quase uma sentença de morte (social). Acho que alérgico nenhum deveria ler o resultado dos seus exames antes de viver “tudo o que há pra viver” e se permitir.

Pois, é, que faço eu agora diante de tanto não pode isso, não pode aquilo? Essa situação me faz lembrar a do menino da bolha, um caso que, na década de 70 impressionou a todos, por ter sido bastante explorado pela mídia da época e ter virado até filme com John Travolta. Só vai lembrar quem tem mais de 40, quem não tem pode achar no Google (foi o que fiz, mas eu tenho... deixa pra lá).

Bom, quem sabe uma bolha não seja a solução para os problemas de uma Maria Alérgica? Ah, não, não. Esqueci, tenho alergia a bola de sopro.

Bom, você é testemunha, Diário, quantos momentos difíceis já relatei aqui, mesmo antes de decidir, enfim, procurar a Dra. Alergo. São dignos de uma tragicomédia.

Foi ela mesma – a Dra. Alergo ­– quem me orientou a relatar tudo que fosse lembrando para ajudar num diagnóstico preciso. Foi aí que tive a brilhante idéia de contar tudo de novo pra você. Uma reedição especial das histórias de sua confidente Maria Alégica. Não gostou? Paciência, meu caro, aliás, para ser amigo de uma alérgica, essa é uma virtude essencial.
Bom, pense nisso. Vou dormir, que tomei um remédio de alergia (para variar) e já está fazendo efeito, tchau!