Querido Diário,
Há dois dias, retornei ao alergologista. Fazer o que, não é? Vamos lá, coragem (fico me dizendo), mas o que adianta se em locais públicos metem "Bom Ar" e Cia até nos ar-condicionados? Por falar nisso, lembrei que, há alguns anos, quando estava na Delegacia Regional do Trabalho, na fila do Seguro Desemprego, não é que o segurança achou de "sacar" do bolso um aromatizante e saiu "metralhando" todos os que estavam no local. Lembro que dei uma carreira grande, para fugir daquela situação perigosa. Deus do céu, até esqueci que precisava , com urgência, de dinheiro.
Pode parecer piada, mas esse tipo de situação é freqüente na vida de qualquer alérgico. Por exemplo, já tive que descer de um táxi antes de completar o percurso, porque o taxista se negou a colocar na mala um vidrinho cheiroso que usava para tornar a viagem do cliente mais confortável. Confortável? Para mim, um verdadeiro suplício.
Penso que, se todos têm direito a um meio ambiente saúdável (tá lá na Constituição) e já há estudos com relação aos problemas causados pelos aromatizantes e outros recursos para um ambiente mais "limpo", está mais do que na hora dessa questão ser discutida com seriedade.
Os tratamentos para as alergias não garantem cura, só ajudam a manter o "copo" (como diz o meu alergologista) sob controle. Se ele esborrar, pode ter certeza, um alérgico vai respirar ar puro em outra dimensão...
Nenhum comentário:
Postar um comentário