quinta-feira, 2 de julho de 2009

Lembrei de um dia que fui parar na emergência...


Oi, Diário

Lembrei de um dia que fui parar na emergência , após dar carona a uma vizinha perfumadérrima . Acontece que ela era mãe de uma amiga de minha filha. Gente finíssima, educada. Uma maravilha de pessoa. Portanto, jamais poderia querer me assassinar! Acontece que ela quase me matou.

Eu bem que tentei evitar a carona, quando senti a alguns metros (lembre que meu nariz é potente) o perfume dela. Disse, ah, querida, não vai dar, pois vamos descer pela Ladeira da Moenda e não pela Ladeira do Óleo (interessante o nome das ladeiras de Maceió, não é?). Acontece que meu marido estragou tudo. Ouviu nossa conversa e me desmentiu na hora dizendo, “tá esquecida, vamos pela Moenda, hoje”; Só me restou confirmar: Ah, é....é mesmo, tinha esquecido. Estou tão desatenta!

Era uma tarde de sexta-feira, calor de 37◦. Entramos e o meu marido foi logo ligando o arcondicionado. Eu, então, desliguei. Ele ligou. Eu desliguei. Ele ligou e me olhou com aquela expressão: “ôxe, tá maluca?”.

Eu olhava para ele, tentando fazê-lo entender, de uma forma discreta, o que estava acontecendo. E nada. Olha, Diário, o nariz do meu marido é enorme, em relação ao meu. Pôxa vida, porque será que o dele não sente tudo o que o meu sente?

Bom, agoniada, levantei a blusa e coloquei sobre o nariz. Nesse momento, ele entendeu e foi pior. Passou um rabo de olho para mim, que parecia faísca. Dizia sem falar: “não me mate de vergonha”.

Então, foi assim que quase morri. Minha vizinha desceu do carro, sorridente. Nós também ensaimos o melhor sorriso e, logo depois, rolou um pequeno barraco (coisa normal de casal.... besteirinha), que só foi interrompido, porque eu comecei a sentir aquele “entalo” na garganta e acabei sendo levada às pressas ao hospital.

No outro dia, ela, minha vizinha, estava lá, na mesma hora e local, aguardando a carona. Deixei meu marido ir na frente. Fingi que havia esquecido o celular. Fiquei dando um tempo, só esperando o meu marido tomar a iniciativa e contar para ela o que havia ocorrido no dia anterior.

Pensei comigo mesma: “se ele não contar é porque está querendo o divórcio”, mas ele contou. Ainda bem, ele ama a Maria Alérgica!

A vizinha veio me pedir desculpas toda sem graça, tão constrangida e eu, mais ainda. “Que é isso, querida, imagina, não foi nada” (que falsa!!!).

Nenhum comentário:

Postar um comentário